Varíola dos macacos: professor da UniSul explica o que é e como se prevenir
 

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Varíola dos macacos: professor da UniSul explica o que é e como se prevenir

15 / Julho / 2022

Docente do curso de Medicina e especialista em infectologia, Rogério Sobroza de Mello alerta para os cuidados e prevenção da doença

Com 310 casos confirmados no País, a varíola dos macacos vem causando dúvidas entre a população e alerta entre a comunidade médica e científica. Na região Sul, seis casos foram confirmados pelo Ministério da Saúde, sendo três no Paraná e três no Rio Grande do Sul. Para esclarecer dúvidas, informar e tranquilizar a população, o professor de medicina da UniSul e especialista em infectologia, Rogério Sobroza, explica como a doença ocorre e formas de evitar o contágio.

Sobre a varíola dos macacos
Conhecida como uma zoonose viral, a varíola dos macacos é uma doença infecciosa e transmitida de animais para seres humanos. Segundo Rogério Sobroza, o vírus já é conhecido pela comunidade cientifica. “É um vírus da família de Orthopoxvirus, o mesmo da varíola, que já foi erradicada entre os seres humanos. Já há registro na literatura médica de casos de transmissão da doença entre seres humanos, mas nada comparado ao que temos atualmente.”

Apesar de ter o nome da enfermidade relacionado ao macaco, o professor explica que ela não diz respeito apenas a esse animal, visto que é possível que a transmissão ocorra por meio de outras espécies. Roedores e outros mamíferos, como o bicho preguiça, são exemplos. “É importante ressaltar que os macacos do Brasil não possuem essa doença e sim os seres humanos que contraíram em outros países e apenas os seres humanos são fonte de transmissão em território nacional. Caso a pessoa esteja sentindo os sintomas da doença, recomenda-se evitar contato com outras pessoas e animais, como cachorros e gatos, que podem contrair a varíola e transmití-la”, alerta o professor da UniSul.

Sintomas e prevenção
A doença possui diversos sintomas e por isso Sobroza recomenda que as pessoas estejam atentas aos mais comuns, que são: cansaço, febre, dores no corpo, dor de cabeça e lesões na pele semelhantes à catapora. “Em caso de sintomas como esses, é importante que a pessoa procure um médico para que possa ser diagnosticada por meio de exames de laboratório e assim iniciar o tratamento”, orienta o médico infectologista.
A prevenção, no entanto, não é muito diferente do que a população já vivenciou com a Covid-19. “Para evitar a varíola dos macacos é preciso evitar o contato com pessoas doentes, que devem ser colocadas em isolamento, utilizar máscaras e higienizar bem o corpo, visto que a transmissão ocorre pelo contato físico direto e gotículas de saliva”, explica.

Tratamento
Por ser considerada uma doença mais leve que a varíola comum, o tratamento exige repouso e hidratação. “A orientação médica é isolar o paciente e deixá-lo em repouso por 15 dias. Nesse período, além de beber muita água, o médico pode optar por prescrever medicamentos que diminuem as lesões na pele e dores no corpo. Seguindo as recomendações médicas, a recuperação será rápida e tranquila”, finaliza o professor de Medicina da UniSul.